sexta-feira, 6 de junho de 2014

Santa Teresinha do Menino Jesus: exemplos de renúncia.

"Eu os transmito porque deles fui testemunha ou porque ela nos confiou, a fim de exortar-me ao sacrifício."

Santa Teresa do Menino Jesus e sua irmã "Celina",
Irmã Genoveva da Santa Face,
no dia da tomada de Véu desta.

"Nossa Madre leu no recreio uma carta que se referia à Irmã Teresa do Menino Jesus, certo dia em que esta estava ausente. Ela pediu-me que lhe mostrasse. Passei-lhe a carta, com permissão. Alguns dias depois tive necessidade dela, e Teresa me devolveu. Perguntei se a havia interessado, pelo que, foi obrigada a confessar não a ter lido.
Entreguei-lha novamente, para que tomasse conhecimento, mas foi inútil, não a abriu. Era assim que em tudo ela mortificava seus mais inocentes desejos e nesta circunstância quis particularmente punir-se de me ter pedido. Nunca indagava as notícias. Se percebia um grupo de Irmãs às quais a Madre Priora parecia contar alguma novidade,evitava passar por perto."

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 "Quando entrei entrei no Carmelo, a 14 de setembro de 1894, Irmã Teresa do Menino Jesus, sentia-se feliz ao ver realizado seu mais caro desejo - ela mesma ia instruir-me e guiar-me em sua 'pequena via'. Entretanto, logo que transpus a porta da clausura, sua primeira atitude foi de renúncia. Depois de me ter abraçado como as outras religiosas, ia-se retirando quando nossa Madre Inês de Jesus, fez-lhe sinal para esperar-me na cela a mim destinada. Tinha esse direito como "anjo" e auxiliar da mestra de noviças, mas não teria ido sem ser chamada."

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"Do mesmo modo à entrada no Carmelo de Irmã Maria da Eucaristia (sua prima, Maria Guérin), no momento em que a comunidade foi recebê-la à porta conventual, Irmã Teresa do Menino Jesus, sendo do número das mais jovens achava-se de parte. Uma irmã disse-lhe: 'Adiantai-vos mais e vereis vossa família, enquanto a porta estiver aberta (através dos véus grandes usados pelas religiosas)' mas ela não o fez. Note-se que estando em construção os locutórios, havia um ano que não víamos nossos parentes. Mais tarde repreendendo-a por ter sido a única a faltar esse encontro, disse-me que se privara para mortificar-se, acrescentando que esse sacrifício lhe custara muito."

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"As vezes tinha vontade de dar uma olhada no relógio do coro, durante a oração ou em outras circunstâncias. Privava-se sempre disso e esperava pacientemente que a hora soasse: 'É verdade, estou com pressa, mas não adiantará saber se faltam ainda cinco ou dez minutos."

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"Suportou com paciência angélica e por espírito de mortificação os cuidados excessivos com que a cercava sua primeira de ofício, na roda. Era uma boa religiosa antiga, muito vagarosa e maníaca,que tratava de suas mãos inchadas e rachadas, no inverno. Esta irmã envolvia seus dedos, um por um, numa multidão de pequenas ataduras. Um dia, restava livre só a última falange do dedo mínimo, mas ela não tardou de sepultá-la como as outras! E, diante de minha estupefação, Irmã Teresa ria!"

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"Durante sua doença, trouxeram-nos uma caixa de confeitos de um batizado, cuja estampa era um encanto! Elogiaram-na diante dela, e deixaram a caixa sobre a mesa, perto de seu leito, esquecendo-se de lhe mostrar: ela não reclamou."

(Conselhos e lembranças. Recolhidos por "Celina." Irmã Genoveva da Santa Face,
irmã e Noviça de Santa Teresinha do Menino Jesus.
Traduzidos pelas Carmelitas Descalças do Carmelo do Imaculado Coração de Maria e Santa Teresinha, Cotia, São Paulo.)

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